Eu sou Ronald, um estudante de
Psicologia e aspirante do curso de Filosofia. Em poucas palavras, me considero
um desajustado nato e incurável (pressupondo, aqui, que ser desajustado seja
uma doença). Sou amante de vários gêneros musicais, mas isso não me faz
eclético. Amo música clássica, sendo de minha preferência as músicas de Bach,
Mozart, Beethoven, Chopin, Debussy, Vivaldi e Haydn. Gosto mais ainda de Jazz,
um gênero que só tive a felicidade de conhecer em 2014. Agora, me considero um
amante inveterado de Frank Sinatra. Louis Armstrong, Nina Simone, Herbie
Hancock, B.B. King e Charles Mingus. Outros gêneros que gosto é rock,
principalmente o rock que considero calmo, embora eu goste de AC/DC. Aprendi a
gostar também de MPB, mas confesso que passei a ouvir apenas para desencargo de
consciência, pois chegou um momento em que considerei ridículo não gostar de
nenhum estilo musical nacional. Hoje, me divirto escutando Diogo Nogueira e
Mart'nalia, me apaixono escutando Chico Buarque, Caetano Veloso e Maria Gadu e,
por fim, me acalmo ouvindo chorinhos e samba raiz, incluindo aqui Adoniran
Barbosa, Garoto, Pixinguinha e Dona Ivone.
Tenho um frisson também por
filmes classificados como cinema-arte, ou, mais popularmente, os
pejorativamente taxados de cinema cult. Assisti muitos, e confesso minha paixão
pelos filmes em preto e branco. Jamais me esquecerei de Baby Jane. Justo dizer
que aprecio muitas séries, o que me deixa um pouco próximo dos demais, pois é
um gosto facilmente compartilhado. Em literatura, aprecio os gêneros policiais,
com ênfase em Agatha Christie. Minha meta, no entanto, é ter acesso a vários
títulos clássicos, como por exemplo Orgulho e Preconceito e Irmãos Karamazovi,
de Dostoiévsky. E por falar em metas, planejei voltar a estudar os conhecimentos
básicos, como Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Química, Física,
História e Geografia, além de aprofundar minhas noções básicas em Economia e
Política. Isso porque notei minha profunda alienação e minha falta de
posicionamento crítico. Pretendo aprender ainda o Inglês e o Francês, além de
re-aprender Espanhol.
Para o futuro, pretendo realizar
um mestrado em Psicologia e mais uma graduação, em Filosofia, para que meu
doutorado seja na mesma área. Além disso, quero fazer três especializações: uma
em Terapia Comportamental, outra em Cidadania e Direitos Humanos e uma em
Didática para o Ensino Superior. Meu maior medo é ser idiota, mas não ter
consciência disso (obs: hoje em dia, eu sei que o sou). Meu maior sonho é não
depender de ninguém. Minha maior vontade é encontrar alguém como eu, para que
eu posso discutir de tudo. Meu futuro ideal é estar estabilizado, com meus
livros publicados e, se não puder morar lá, pelo menos viajar frequentemente
para a França. Não sei se quero ter um relacionamento duradouro, pois meu
companheiro teria que me acompanhar em tudo, e sei que (1) isso é pedir demais
e (2) eu não desistiria dos meus sonhos por nada.
Bom, disse anteriormente que meu
sonho é ser escritor, e isso é fato. Tenho, atualmente, três projetos distintos
passeando entre meus devaneios, mas nenhum materializado ainda numa folha de
papel. Meu primeiro projeto seria uma coletânea de contos policiais, narrando
os mistérios desvendados por Antônio (nome provisório), um negro que viveu
durante anos na Inglaterra e que é fã dos livros da Agatha Christie. Meu
segundo projeto é bem mais surrealista, e narraria a história de 8 jovens que
descobrem ser portadores do que se chama de “8 poderes essenciais”, que passa
de geração a geração. Por fim, meu terceiro projeto é o que mais me tira o
sono, mas esse eu pretendo publicar apenas após meus 40 anos. A proposta
trata-se de uma coletânea com sete romances, cada um trazendo a personificação
gay dos sete pecados capitais. A ideia seria contar a história de sete vilões,
e como os sete pecados motiva eles a fazerem suas vilanias. Confesso que o que
me impede de pôr essas ideias no papel é minha preguiça!
Sobre amor? Posso dizer que amei
poucos, mas todos que amei, eu amei intensamente. Mas sempre chega o momento em
que meu amor deve competir com meu individualismo, e confesso que meu
individualismo sempre ganho. E é nesse ponto que posso me dar uma classificação
mais objetiva: eu definitivamente não sou uma boa pessoa. Nunca fui, mas antigamente
eu não sabia disso. Acho esse tema complexo, pois acredito que sou feito de
camadas, ou seja, sei que tenho meu lado bom, mas não sou cego em dizer que meu
lado mau é realmente cruel. Por isso não ouso dizer qual é minha verdadeira essência,
prefiro acompanhar Sartre, que me dá uma posição confortável: a existência
precede a essência.
Por fim, para que serviu esse
texto? Ouso dizer que para nada serviu. Mas o que é o nada, senão o intervalo
entre o tudo de antes e o tudo do depois? Talvez por isso eu tenha escrito esse
texto: dou muito valor aos intervalos da vida.