Seguindo pela estrada que vai
para o inferno, decidi escrever um pouco sobre essa banda que anima o pessoal
desde 1973. Originado na Austrália, AC/DC pode ser considerada hoje uma banda
que entrou definitivamente para a cultura e história do rock mundial. Pioneiros
no estilo heavy-metal, seus fãs se dividem em dizer se eles são do gênero
hard-rock ou soul-rock.
A banda foi fundada pelos irmãos
Angus e Malcolm Young, e sua primeira apresentação ocorreu num clube chamado
Chequers, localizado em Sydney, no ano de 1973. Sua formação inicial contava
com Angus Young na guitarra solo, Malcolm Young na guitarra base, Colin Burgess
na bateria, Van Knedt no baixo e Dave Evans nos vocais. No entanto, Dan Evans
não foi integrante da banda por muito tempo, sendo substituído por Bom Scott em
1973. O álbum de estréia da banda foi High
Voltage, gravado em apenas 10 dias e lançado em 1975.
Em 1980, Bom Scott falece, e é
substituído por Brian Johnson, vocalista da banda até hoje. Atingindo seu auge
em 1981, a banda conquistou milhares de fãs no mundo todo, principalmente nos
Estados Unidos, sendo sucesso de vendas (a banda chegou a vender inacreditáveis
200 milhões de cópias no mundo todo!).
Recentemente, Malcolm Young se
afastou da banda por motivos de saúde, sendo substituído em 2014 por seu
sobrinho Stevie Young.
Alguns dos
ex-integrantes:
1 – Dave Evans (ex vocalista)
2 – Bom Scott (ex vocalista; faleceu em 1980)
3 – Malcolm Young (ex guitarrista)
Integrantes atuais
1 – Angus Young (guitarra solo desde 1973)
2 – Cliff Williams (baixo e vocal de apoio desde 1980)
3 – Brian Johnson (vocalista desde 1980)
4 – Chris Slade (baterista entre 1989 e 1994; 2015)
4 – Stevie Young (guitarrista e vocal de apoio desde 2014)
João Rubinato, ou como é mais
conhecido, Adoniran Barbosa (1910-1982) é um ícone na história da música
popular brasileira. Filho de imigrantes italianos, Adoniran Barbosa sempre teve
o sonho de adentrar na carreira artística, sonho esse posto em xeque por muito
tempo devido a sua origem humilde e sua falta de formação. Seu nome artístico é
o resultado da junção do nome de um amigo seu com o sobrenome do sambista Luiz
Barbosa.
Um dos fatos que me fizeram ter
contato e apreciar a obra de Adoniran é o cunho popular de suas músicas. A
particularidade das letras está no fato de Adoniran adotar não raras vezes um
linguajar menos rebuscado, próprio das camadas mais baixas de São Paulo. Certa
vez, Adoniran disse que só fazia samba pra povo. “Por isso faço letras com
erros de português, porquê é assim que o povo fala. Além disso, acho que o
samba, assim, fica mais bonito de se cantar."
Faleceu aos 72, com pouco
reconhecimento do meio artístico, seja em termos financeiros, seja em termos
artísticos. Mas hoje, é inegável a contribuição desse cantor e compositor para
a história de nossa música.
O que há com esses homens, que
abandonam o sentimento (por ser coisa de mulher) e a razão (por ser coisa de
nerd)?
O que há com esses homens, que
na tentativa de demonstrar que são mais homens, debocham de quem não está
dentro desse ideal?
O que há com esses homens, que
por acharem que na vida tudo é posse, possuem, mas não amam, suas esposas?
O que há com esses homens, que
desprezando toda a filosofia por trás da linguagem, chamam suas esposas de “suas
mulheres”?
O que há com esses homens, que
abominam qualquer forma de feminização, tornando aberrações quem (de acordo com
eles) são exemplos daquilo chamado de “mulherzinha”?
O que há com esses homens, que
não são capazes de realizar qualquer ato mais acolhedor e carinhoso, utilizando
da violência para assuntos tão banais?
O que há com esses homens, que
categorizam mulheres para casar e não casar?
O que há com esses homens, para
os quais o pênis é sinônimo de poder, categoria avaliadora e instrumento de
desisterização de mulheres?
O que há com esses homens, que
por eu escrever tais palavras, me consideram uma vergonha para a raça?
Um “louco” que caminhou 200
milhas entre Arnstadt e Lubeck (duas cidades da Alemanhã) para ouvir o
organista Dietrich Buxtehude, e perdendo, em decorrência dessa “loucura”, seu
emprego. Esse foi Johann Sebastian Bach (1685-1750). Ícone do período barroco
da música ocidental, Johann Sebastia Bach, ou simplesmente Bach, foi desde
criança um apaixonado pela música, se dedicando incansavelmente ao estudo dessa
arte. Conta-se que sua dedicação era tanta que um de seus hábitos mais
rotineiros era estudar à luz do luar, costume adquirido na infância.
Vindo de uma longa linhagem de
músicos, Bach teve desde muito cedo um terreno fértil para o desenvolvimento de
seu talento, muito embora sua vida não tenha sido fácil. Caçula de oito irmãos,
Bach ficou, aos nove anos, órfão de pai e mãe, e precisou morar em Ohrdruf
junto com seu irmão mais velho, o violinista Johann Christoph. Aos 15 anos, matriculou-se
na escola São Miguel de Lüneburg, local onde pode desenvolver sua técnica e
conhecimento musical.
Nos anos de 1700, foi nomeado
Kapellmeister (mestre de capela) em Cöthen, onde trabalhou sobre a proteção do
príncipe Leopold. Foi o momento em que teve maior desenvolvimento de sua obra
instrumental, especialmente devido ao sucesso da sua obra Concertos de Brandenburgo, encomendada pelo duque de Brandenburgo. Após
trabalhar nas cortes alemãs, Bach mudou-se para Leipzig em 1723, local em que
suas obras ganharam um viés mais religioso. São dessa época as famosas obras Johannespassion (Paixão segundo São
João, 1723) e Matthauspassion (Paixão
segundo São Mateus, 1729).
Sua importância na história da
música ocidental é sem precedentes, sendo considerado um ícone não apenas do
período em que viveu e compôs suas peças, mas de toda a música erudita. Suas
obras foram influências de vários outros artistas da posteridade, entre eles
Mozart e Beethoven.
Para mim é particularmente
difícil escolher a obra que mais me agrada (apesar de ter escolhido uma obra
vencedora).
TOP 10
10 – Suíte No.3 para Orquestra in D major, BWV 1068
Escolhi essa peça na décima
posição porque foi ela que me fez conhecer outra obra de Bach pela qual eu me
apaixonei (sétima posição dessa lista). Composta no ao de 1730, trata-se de uma
obra composta conjuntamente por Bach, Carl Philipp Emanuel Bach e Johann Ludwig
Krebs.
9 – Minueto in G major, BWV 114
Portadora de uma sensibilidade
belíssima, essa obra faz parte do conjunto de peças intitulado “Pequeno Livro
de Anna Magdalena Bach”. Apesar de estar entre as obras de Bach, é hoje
considerada uma composição de Cristian Petzold.
8 – Jesus alegria dos homens, BWV 147
A parte final da cantata Herz und Mund und Tat und Leben é de uma
beleza singular, e nos faz sentir o caráter mais puro e celestial que a
tradição cristã nos tentou passar durante seus séculos de existência. Etéreo,
sacro, imaculado. São essas as palavras que nos vêm quando ouvimos essa peça
belíssima.
7 – Ária na Corda sol
Originada da Suíte No.3 para
Orquestra, Ária na Corda Sol, ou Ária da 4º Corda, é uma peça adaptada para violino e piano. Se
a Cantata 147 nos remete à figura do pai criador, Ária na Corda Sol nos faz
lembrar da Mãe. Portanto, maternal é a palavra que me passa pela cabeça quando
escuto essa música. Generalizações a parte, é impossível não se sentir acolhido
ao ouvir essa música, e por isso, é uma ótima dica para quem quer ter um início
de sono tranquilo.
6 – Tocata e Fuga in D Minor, BWV 565
Essa é, talvez, a primeira
música de Bach que eu ouvi sem saber. Sinistro é o adjetivo que melhor se
adequaria a essa obra, e por isso ela pode assustar ouvidos mais sensíveis. Mas
se é uma peça que nos cause um desconforto inicial, sua técnica logo nos toma,
e sem saber já estamos apreciando uma música sombria.
5 – Das Wohltemperierte Klavier [O Cravo Bem Temperado]
Essa música é um teste de
paciência do qual eu não tenho modéstia nenhuma de dizer que eu passei sem
grandes problemas. Isso porque se trata de uma peça longa. Trata-se de um
conjunto de obras para cravo solo. Sua estética e complexidade musical é
admirável.
4 – Movimento número 3 do Concerto de Brandenburgo No.3 in G
major, BWV 1048
Concertos de Brandenburgo são
seis obras compostas por Bach entre 1718 e 1721. O movimento que escolhi para
ocupar a quarta posição é movimento número três (allegro) da peça número 3. E
não é para menos! Essa música fez parte da abertura do programa Conversa de
Músico (programa que passava na TV Senado), programa esse que foi um dos
maiores responsáveis pela minha paixão por clássicos da música. Por isso, essa
música possui um lugar muito especial na minha história, e foi muito difícil
para mim, não colocá-la na primeira colocação. Mas não devo me enganar. Apesar
de eu ter um carinho especial por essa obra, ela não é a peça de Bach que me
fez adentrar definitivamente no universo erudito.
3 – Badinerie
Tentei me lembrar da primeira
vez que ouvi essa música, mas não me lembro. Acho que a ouvi pela primeira vez
quando ainda estudava música. Trata-se do movimento número 7 da Suíte No. 2
para Orquestra in B minor (BWV 1067). Escrita para flauta solo, Badineirie é
uma música que me faz imaginar crianças brincando. Só não me perguntem o
porquê.
2 – Partita in A minor para Flauta Solo, BWV 1013
Trata-se de uma partita em
quatro movimentos composta para ser executada por uma flauta transversal, e sua
data de composição é desconhecida. Sua segunda posição aqui se deve ao fato de
que a flauta é o segundo instrumento musical que eu mais amo. A música que
possuo em meus arquivos é executada por Emmanuel Pahud, é a minha segunda
escolha quando vou realizar minhas caminhadas ou simplesmente desejo descansar
e/ou ler um bom livro.
1 – Seis Suítes para Violoncelo Solo, BVW 1007-1012
Eu tentei, juro que tentei, mas
não consegui escolher só uma peça. Eu simplesmente amo essas obras de Bach. A
técnica, a estética, e a complexidade dessas obras são de uma singularidade se
igual. Posso dizer inclusive que antes de ouvir essas obras, eu tinha uma visão
muito preconceituosa sobre o violoncelo, instrumento que agora eu aprecio de
forma inigualável. Nem a flauta transversal, instrumento que me fez suspirar
por tanto tempo, é tão apreciada hoje por mim quanto o violoncelo. E isso eu
devo à influência decisiva dessas peças. Beleza! Essa é a única definição que
tenho quando escuto essa obra monumental e, ao mesmo tempo, modesta do mestre
Bach.