segunda-feira, 30 de março de 2015

AC/DC

Back in black, I hit the sack
I've been too long, I'm glad to be back
Yes I'm let loose from the noose
That's kept me hangin' about

Seguindo pela estrada que vai para o inferno, decidi escrever um pouco sobre essa banda que anima o pessoal desde 1973. Originado na Austrália, AC/DC pode ser considerada hoje uma banda que entrou definitivamente para a cultura e história do rock mundial. Pioneiros no estilo heavy-metal, seus fãs se dividem em dizer se eles são do gênero hard-rock ou soul-rock.


A banda foi fundada pelos irmãos Angus e Malcolm Young, e sua primeira apresentação ocorreu num clube chamado Chequers, localizado em Sydney, no ano de 1973. Sua formação inicial contava com Angus Young na guitarra solo, Malcolm Young na guitarra base, Colin Burgess na bateria, Van Knedt no baixo e Dave Evans nos vocais. No entanto, Dan Evans não foi integrante da banda por muito tempo, sendo substituído por Bom Scott em 1973. O álbum de estréia da banda foi High Voltage, gravado em apenas 10 dias e lançado em 1975.
Em 1980, Bom Scott falece, e é substituído por Brian Johnson, vocalista da banda até hoje. Atingindo seu auge em 1981, a banda conquistou milhares de fãs no mundo todo, principalmente nos Estados Unidos, sendo sucesso de vendas (a banda chegou a vender inacreditáveis 200 milhões de cópias no mundo todo!).
Recentemente, Malcolm Young se afastou da banda por motivos de saúde, sendo substituído em 2014 por seu sobrinho Stevie Young.

Alguns dos ex-integrantes:
1 – Dave Evans (ex vocalista)


2 – Bom Scott (ex vocalista; faleceu em 1980)

3 – Malcolm Young (ex guitarrista)


Integrantes atuais
1 – Angus Young (guitarra solo desde 1973)
 
2 – Cliff Williams (baixo e vocal de apoio desde 1980)

3 – Brian Johnson (vocalista desde 1980)

4 – Chris Slade (baterista entre 1989 e 1994; 2015)

4 – Stevie Young (guitarrista e vocal de apoio desde 2014)


Top 5
5 – TNT

4 – Hell’s Bells

3 – The Jack

2 – Highway to Hell

1 – Back in Black


Referências
AC/DC: a história do nome e a idéia do uniforme de Angus - http://whiplash.net/materias/curiosidades/079234-acdc.html

Adoniran Barbosa

João Rubinato, ou como é mais conhecido, Adoniran Barbosa (1910-1982) é um ícone na história da música popular brasileira. Filho de imigrantes italianos, Adoniran Barbosa sempre teve o sonho de adentrar na carreira artística, sonho esse posto em xeque por muito tempo devido a sua origem humilde e sua falta de formação. Seu nome artístico é o resultado da junção do nome de um amigo seu com o sobrenome do sambista Luiz Barbosa.
Um dos fatos que me fizeram ter contato e apreciar a obra de Adoniran é o cunho popular de suas músicas. A particularidade das letras está no fato de Adoniran adotar não raras vezes um linguajar menos rebuscado, próprio das camadas mais baixas de São Paulo. Certa vez, Adoniran disse que só fazia samba pra povo. “Por isso faço letras com erros de português, porquê é assim que o povo fala. Além disso, acho que o samba, assim, fica mais bonito de se cantar."
Faleceu aos 72, com pouco reconhecimento do meio artístico, seja em termos financeiros, seja em termos artísticos. Mas hoje, é inegável a contribuição desse cantor e compositor para a história de nossa música.



Top 5
5 – Saudosa Maloca


4 – Joga Chave


3 – Malvina


2 – Acende o Candieiro



1 – Trem das Onze


O que há com esses homens?

O que há com esses homens, que abandonam o sentimento (por ser coisa de mulher) e a razão (por ser coisa de nerd)?
O que há com esses homens, que na tentativa de demonstrar que são mais homens, debocham de quem não está dentro desse ideal?
O que há com esses homens, que por acharem que na vida tudo é posse, possuem, mas não amam, suas esposas?
O que há com esses homens, que desprezando toda a filosofia por trás da linguagem, chamam suas esposas de “suas mulheres”?
O que há com esses homens, que abominam qualquer forma de feminização, tornando aberrações quem (de acordo com eles) são exemplos daquilo chamado de “mulherzinha”?
O que há com esses homens, que não são capazes de realizar qualquer ato mais acolhedor e carinhoso, utilizando da violência para assuntos tão banais?
O que há com esses homens, que categorizam mulheres para casar e não casar?
O que há com esses homens, para os quais o pênis é sinônimo de poder, categoria avaliadora e instrumento de desisterização de mulheres?
O que há com esses homens, que por eu escrever tais palavras, me consideram uma vergonha para a raça?


Johann Sebastian Bach

Um “louco” que caminhou 200 milhas entre Arnstadt e Lubeck (duas cidades da Alemanhã) para ouvir o organista Dietrich Buxtehude, e perdendo, em decorrência dessa “loucura”, seu emprego. Esse foi Johann Sebastian Bach (1685-1750). Ícone do período barroco da música ocidental, Johann Sebastia Bach, ou simplesmente Bach, foi desde criança um apaixonado pela música, se dedicando incansavelmente ao estudo dessa arte. Conta-se que sua dedicação era tanta que um de seus hábitos mais rotineiros era estudar à luz do luar, costume adquirido na infância.

Vindo de uma longa linhagem de músicos, Bach teve desde muito cedo um terreno fértil para o desenvolvimento de seu talento, muito embora sua vida não tenha sido fácil. Caçula de oito irmãos, Bach ficou, aos nove anos, órfão de pai e mãe, e precisou morar em Ohrdruf junto com seu irmão mais velho, o violinista Johann Christoph. Aos 15 anos, matriculou-se na escola São Miguel de Lüneburg, local onde pode desenvolver sua técnica e conhecimento musical.
Nos anos de 1700, foi nomeado Kapellmeister (mestre de capela) em Cöthen, onde trabalhou sobre a proteção do príncipe Leopold. Foi o momento em que teve maior desenvolvimento de sua obra instrumental, especialmente devido ao sucesso da sua obra Concertos de Brandenburgo, encomendada pelo duque de Brandenburgo. Após trabalhar nas cortes alemãs, Bach mudou-se para Leipzig em 1723, local em que suas obras ganharam um viés mais religioso. São dessa época as famosas obras Johannespassion (Paixão segundo São João, 1723) e Matthauspassion (Paixão segundo São Mateus, 1729).
Sua importância na história da música ocidental é sem precedentes, sendo considerado um ícone não apenas do período em que viveu e compôs suas peças, mas de toda a música erudita. Suas obras foram influências de vários outros artistas da posteridade, entre eles Mozart e Beethoven.
Para mim é particularmente difícil escolher a obra que mais me agrada (apesar de ter escolhido uma obra vencedora).  

TOP 10
10 – Suíte No.3 para Orquestra in D major, BWV 1068
Escolhi essa peça na décima posição porque foi ela que me fez conhecer outra obra de Bach pela qual eu me apaixonei (sétima posição dessa lista). Composta no ao de 1730, trata-se de uma obra composta conjuntamente por Bach, Carl Philipp Emanuel Bach e Johann Ludwig Krebs.


9 – Minueto in G major, BWV 114
Portadora de uma sensibilidade belíssima, essa obra faz parte do conjunto de peças intitulado “Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach”. Apesar de estar entre as obras de Bach, é hoje considerada uma composição de Cristian Petzold.


8 – Jesus alegria dos homens, BWV 147
A parte final da cantata Herz und Mund und Tat und Leben é de uma beleza singular, e nos faz sentir o caráter mais puro e celestial que a tradição cristã nos tentou passar durante seus séculos de existência. Etéreo, sacro, imaculado. São essas as palavras que nos vêm quando ouvimos essa peça belíssima.


7 – Ária na Corda sol
Originada da Suíte No.3 para Orquestra, Ária na Corda Sol, ou Ária da 4º Corda,  é uma peça adaptada para violino e piano. Se a Cantata 147 nos remete à figura do pai criador, Ária na Corda Sol nos faz lembrar da Mãe. Portanto, maternal é a palavra que me passa pela cabeça quando escuto essa música. Generalizações a parte, é impossível não se sentir acolhido ao ouvir essa música, e por isso, é uma ótima dica para quem quer ter um início de sono tranquilo.


6 – Tocata e Fuga in D Minor, BWV 565
Essa é, talvez, a primeira música de Bach que eu ouvi sem saber. Sinistro é o adjetivo que melhor se adequaria a essa obra, e por isso ela pode assustar ouvidos mais sensíveis. Mas se é uma peça que nos cause um desconforto inicial, sua técnica logo nos toma, e sem saber já estamos apreciando uma música sombria.



5 – Das Wohltemperierte Klavier [O Cravo Bem Temperado]
Essa música é um teste de paciência do qual eu não tenho modéstia nenhuma de dizer que eu passei sem grandes problemas. Isso porque se trata de uma peça longa. Trata-se de um conjunto de obras para cravo solo. Sua estética e complexidade musical é admirável.


4 – Movimento número 3 do Concerto de Brandenburgo No.3 in G major, BWV 1048
Concertos de Brandenburgo são seis obras compostas por Bach entre 1718 e 1721. O movimento que escolhi para ocupar a quarta posição é movimento número três (allegro) da peça número 3. E não é para menos! Essa música fez parte da abertura do programa Conversa de Músico (programa que passava na TV Senado), programa esse que foi um dos maiores responsáveis pela minha paixão por clássicos da música. Por isso, essa música possui um lugar muito especial na minha história, e foi muito difícil para mim, não colocá-la na primeira colocação. Mas não devo me enganar. Apesar de eu ter um carinho especial por essa obra, ela não é a peça de Bach que me fez adentrar definitivamente no universo erudito.


3 – Badinerie
Tentei me lembrar da primeira vez que ouvi essa música, mas não me lembro. Acho que a ouvi pela primeira vez quando ainda estudava música. Trata-se do movimento número 7 da Suíte No. 2 para Orquestra in B minor (BWV 1067). Escrita para flauta solo, Badineirie é uma música que me faz imaginar crianças brincando. Só não me perguntem o porquê.


2 – Partita in A minor para Flauta Solo, BWV 1013
Trata-se de uma partita em quatro movimentos composta para ser executada por uma flauta transversal, e sua data de composição é desconhecida. Sua segunda posição aqui se deve ao fato de que a flauta é o segundo instrumento musical que eu mais amo. A música que possuo em meus arquivos é executada por Emmanuel Pahud, é a minha segunda escolha quando vou realizar minhas caminhadas ou simplesmente desejo descansar e/ou ler um bom livro.


1 – Seis Suítes para Violoncelo Solo, BVW 1007-1012
Eu tentei, juro que tentei, mas não consegui escolher só uma peça. Eu simplesmente amo essas obras de Bach. A técnica, a estética, e a complexidade dessas obras são de uma singularidade se igual. Posso dizer inclusive que antes de ouvir essas obras, eu tinha uma visão muito preconceituosa sobre o violoncelo, instrumento que agora eu aprecio de forma inigualável. Nem a flauta transversal, instrumento que me fez suspirar por tanto tempo, é tão apreciada hoje por mim quanto o violoncelo. E isso eu devo à influência decisiva dessas peças. Beleza! Essa é a única definição que tenho quando escuto essa obra monumental e, ao mesmo tempo, modesta do mestre Bach.


Referências
Johann Sebastian Bach - Gênio traduz mistérios do sagrado - http://musicaclassica.folha.com.br/cds/17/biografia.html
Johann Sebastian Bach - Curiosidades - http://musicaclassica.folha.com.br/cds/17/curiosidades.html