sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Resenha – O Pequeno Príncipe

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante"
A resenha de hoje contemplará o clássico de Antoine de Saint-Exupéry: O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince). Pode parecer redundância postar um texto que se auto-intitula como “resenha” sobre esse clássico, mas é quase impossível se calar após a leitura desse livro. Devo dizer, no entanto, que tal resenha só foi feita depois de uma longa digestão desse livro, e só agora tomei coragem em escrever algo sobre.
Publicado nos Estados Unidos pela primeira vez em 1943, O Pequeno Príncipe narra em primeira pessoa as experiências de um aviador preso no deserto após um acidente em seu avião. Nesse meio tempo, o aviador conhece um garoto de cabelos loiros como a cor do trigo e que diz vim de um planeta onde ele é o único habitante.
Apesar da aparência de livro infantil, o livro chama atenção pelos profundos questionamentos sobre coisas próprias do mundo dos adultos. Seus personagens podem ser considerados como caricaturas de “tipos psicológicos” muito comuns no mundo em que vivemos, e talvez aí resida a atualidade de O Pequeno Príncipe.

A escrita do livro é feita de modo muito singelo, quase infantil realmente, e talvez esse fato tenha permitido com que as reflexões de Antoine de Saint-Exupéry fossem absorvidas tão facilmente pelo público. “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” é a frase mais popular do livro, e retrata de forma muito simples a angustia do adulto moderno (ou pós-moderno) que gostaria muito de retornar à vida infantil, mas se encontra incapacitado por sua realidade. Uma realidade que, além de impedir ele de realizar seu sonho, o obriga a viver como eterno “acendedor de lampião” e a conviver com “reis”, “homens vaidosos” e “empresários”. 


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