Introduções são sempre difíceis
para mim. E assim, de uma forma bem "malandra", consigo introduzir um
texto que demorei mais para iniciá-lo do que para desenvolvê-lo.
Quando me dei a tarefa de
iniciar um blog, eu já havia refletido muito sobre a possibilidade. Pois
afinal, sobre o que falar? Sobre o que conversar? Sobre o que refletir? Aliás,
eu ia refletir sobre algo aqui? Falaria mal de alguém? Ou pura e simplesmente compartilharia
coisas que eu vi na internet e "achei legal"?
Minha conclusão foi essa: por
que não criar um blog que eu “desse conta” de falar sobre tudo? Sei qual é o
pensamento que surgiu: ninguém consegue falar de tudo. E sim, devo concordar
com essa possível resposta à minha pergunta. E seguindo esse pensamento que
decidi abrir um blog, pois afinal, quem se dá ao trabalho de falar sobre tudo,
não precisa se focar em nada. Tal atitude tem dois lados. Um é negativo, e o
outro é positivo (pelo menos para mim).
A parte negativa diz respeito a
pouca contribuição que eu poderei dar aos possíveis leitores. Não pretendo
criar nada novo aqui, não pretendo revolucionar nada, e muito menos irei saciar
o sadismo do leitor ao escrever aqui minhas loucuras e sofrimentos existenciais
(apesar de que não está fora da lista textos que tratem dessa “faceta” minha).
Ou seja, é um blog inútil no final das contas.
O lado positivo, e aqui reitero
que a positividade é essencialmente direcionada a mim, é que não precisarei me
limitar. Ao me propor escrever sobre apenas um tema, pouco me oferecerei em
termos de aprendizado e reflexão possíveis outros temas que muito me somaria.
Ou seja, ao falar sobre tudo, poderei me dedicar a qualquer loucura que venha
surgir nessa cabecinha pouco comunicativa, mas muito barulhenta.
Bom, terminando minhas considerações,
devo especificar o que é tudo para mim. Essa é uma questão muito filosófica,
pois quando nos referimos a “tudo”, estamos referenciando apenas uma parcela
desse grande “todo” que se chama Universo. Não tenho habilidades de falar sobre
tudo isso, o que gera uma contradição imensa: quero falar sobre tudo, me propus
falar sobre tudo, mas não falarei sobre tudo.
Notem, então, que quando alguém
diz que “vai falar sobre tudo”, não necessariamente fará isso. É uma forma de
dizer “não vou me limitar a priori, me
limitarei no decorrer do meu discurso”. Esse rodeio todo que fiz foi uma forma
confusa de dizer que esse Blog não tem um tema definido.
Mas direcionamentos são
necessários, e muito úteis. Assim cito aqui que meu objetivo é treinar minha
escrita. Geralmente leio muito, mas escrevo pouco. Escrever sobre o que leio e
assisto é algo muito útil a mim.
Escreverei crônicas sobre o meu
cotidiano (global, regional, local e pessoal), descrevendo pensamentos meus
diante das coisas mais banais que ocorrem e, seguindo o ensinamento de um
filósofo que costumo ler bastante (o Paulo Ghiraldelli Jr.), desbanalizar esse banal. Esse meu
primeiro desejo meu já me direciona à outra paixão que tenho, que é a
Filosofia. E cito paixão, pois conheço pouco sobre essa tão vasta e intrigante
área do conhecimento.
Dois possíveis direcionamentos
foram dados, mas não são os únicos. Curso Psicologia, outra área que amo muito,
mas conheço pouco. Escrever sobre o ser humanos, suas motivações, seus desejos
e suas angustias sempre me pareceu algo muito excitante. Além disso,
conhecimento técnico sobre a área é algo muito importante ao meu futuro
profissional, de forma que é uma das minhas pretensões escrever amplamente
sobre a parte mais técnica da Psicologia (leis, princípios, teorias, abordagens
e afins).
Como já deixei implícito, ler é
uma das minhas paixões, e eu gostaria muito de compartilhar isso com alguém.
Não sou um expert da literatura, mas
sou um admirador, e isso é fato. Animes (uma paixão recente), filmes e séries
também são interesse meus, e pretendo escrever sobre o que assisto.
Assim, concluo o que é possível
esperar das minhas escritas. Mas deixo claro que essas divisões que fiz são
meramente didáticas. Ou seja, nada me impede que eu não as misture no decorrer
das postagens. Espero que esse blog seja, de fato, algo interessante, já que
sua futura inutilidade é algo que deixei bem claro no início. Vejamos no que
mais essa loucura minha vai me levar...
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